Após a exibição dos Jogos Olímpicos de Paris 2024, é notório o grande destaque que a ginástica artística teve, principalmente depois do ouro da atleta brasileira Rebeca Andrade. O esporte foi muito assistido e admirado, inspirando novos participantes. Em um levantamento feito pelo Grêmio Náutico União, de Porto Alegre, neste ano houve um aumento de 10% a 15% de alunos com interesse pela modalidade.
Esse estímulo também vale para quem já pratica o esporte, que se motiva a continuar e seguir em busca do sonho de se tornar um competidor futuramente. O professor Danillo Reis dos Santos, que trabalha com a categoria de base do masculino no GNU, destaca que nota o reflexo que esta exibição teve em seus alunos: “E este ano, nas Olimpíadas, além da demonstração técnica da modalidade, houve muita coisa saindo na mídia sobre superação. A própria Rebeca, que é um exemplo de resiliência, também teve dificuldades. Ela passou por lesões, momentos em que quis desistir. Meus alunos, quando veem isso, vão se identificando, porque o trabalho para o alto rendimento não é um trabalho fácil, mas tendo uma brasileira em evidência, chama muito mais a atenção deles, incentiva mais”.
A base masculina do GNU é composta por alunos de 6 a 14 anos. São meninos que têm aptidão e facilidade com o esporte. As aulas são de segunda a sábado, com duração de quatro horas, em que todos praticam com uma gama imensa de aparelhos, podendo trabalhar os movimentos com cuidado e qualidade de competidor. É o caso de Théo Garcia Popiolek, de 10 anos, amante e praticante da modalidade há quatro anos: “Meu maior sonho é ser competidor olímpico, um sonho meu e do professor Dani”.
A ginástica artística é um esporte muito rico, pois promove superação, disciplina e coragem dos praticantes, além de ajudar no desenvolvimento motor e cognitivo. “Agora, a prioridade é que eles não desistam da modalidade. Precisam amar e fazer sentido todas essas horas que estão aqui. Praticando ginástica artística, meus alunos aumentam o repertório e desenvolvimento motor, ganham força, trabalham todas as habilidades básicas e logo estão aptos para praticar qualquer outro esporte”, finaliza Danillo.