Comerciantes retornam à maior feira de agronegócio do RS após as enchentes

Em 2024, Rio Grande do Sul viveu sua maior catástrofe meteorológica, mas isso não impediu a presença em massa de vendedores na 47ª edição da Expointer
Banca Brasino Tapetes em Couro participou da 47ª Expointer - GIOVANI DO PRADO BALTEZAN/BETA REDAÇÃO
Banca Brasino Tapetes em Couro participou da 47ª Expointer - GIOVANI BALTEZAN/BETA REDAÇÃO

As cheias do mês de maio impactaram centenas de municípios do Rio Grande do Sul, e não foi diferente em relação a Esteio. Na cidade, as águas invadiram, principalmente, o Parque de Exposições Assis Brasil, local onde ocorre a Expointer. Com isso, a edição de 2024 do evento, que aconteceu do dia 24 de agosto a 1° de setembro, ficou conhecida como “Expointer da reconstrução”. A feira contou com dezenas de comerciantes e foi marcada por um espírito de superação e resiliência.

Comércio de tapetes em couro e pelegos na maior feira de agronegócio do RS – GIOVANI DO PRADO BALTEZAN/BETA REDAÇÃO


Entre os comerciantes presentes nesta edição estava Maicon Bergamin, morador de Ivoti, que marcou sua segunda participação vendendo tapetes de pele de animais. “Em relação às enchentes, eu não fiquei preocupado só por mim, mas também pela economia como um todo, além das pessoas que dependem desse evento para vender seus produtos”, explicou Maicon. O comerciante também expressou uma grande preocupação que tem por aqueles que vivem nas áreas que foram afetadas e que estão sofrendo as consequências.

Apesar das dificuldades, Maicon viu a Expointer como uma oportunidade crucial e uma nova porta que se abriu para o seu comércio. “Embora não tenha melhorado diretamente a relação com meus clientes finais, que são os lojistas, a chance de participar do evento foi um risco que valeu a pena”, enfatizou Maicon, enquanto deixava claro que também participa de várias outras feiras no Rio Grande do Sul e fora do estado.

Gabriele Maurer, comerciante que participa da Expointer há 7 anos – GIOVANI DO PRADO BALTEZAN/BETA REDAÇÃO


Outra comerciante, que já frequenta a feira há sete anos, é Gabriele Maurer, da cidade de Lindolfo Collor. A vendedora, que também trabalha com tapetes de pele de animais, compartilhou preocupações semelhantes em relação às cheias de maio. “Nós também fomos afetados pelas enchentes. A Expointer é um evento essencial para as nossas vendas e estávamos receosos sobre a presença do público. Não sabíamos se as pessoas iriam comparecer ou se teriam condições de gastar. Felizmente, o evento aconteceu e as vendas foram boas”, relatou Gabriele.
A 47ª edição da Expointer trouxe números positivos, mesmo após as adversidades enfrentadas. A feira registrou um faturamento total de R$ 8,1 bilhões, superando em 1,41% o faturamento obtido em 2023, que foi de R$ 7,98 bilhões. O setor de comércio teve um faturamento de R$ 46,7 milhões.

João Pedro Mendoza de Menezes

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Leia também