A capital gaúcha será palco de mais uma edição do tradicional Rei do Sul, torneio anual promovido pela EWF (Evolution Wrestling Force), uma das principais organizações de luta livre do sul do país. O evento ocorre no dia 6 de setembro, no galpão da EWF, em Porto Alegre, e promete lutas emocionantes, grandes histórias e a coroação de um novo campeão que poderá disputar o prestigiado Cinturão RS.
A luta-livre, ou pro wrestling, é uma modalidade esportiva e de entretenimento que combina elementos de luta coreografada com storytelling, onde atletas encarnam personagens em rivalidades dramáticas, proporcionando um espetáculo de ação e emoção ao público.
Desde 2013, a EWF tem se consolidado como uma das principais ligas da cena da luta livre independente no Brasil, reunindo atletas comprometidos com o esporte e o entretenimento. Segundo Jackson Andrade, organizador e também lutador da EWF, o evento mantém sua estrutura clássica de torneio eliminatório, com seis competidores se enfrentando em busca do título de Rei do Sul. “É um momento único no ano em que os lutadores têm a chance de se provar e mostrar porque merecem disputar o cinturão”, afirmou.

Mello/BETA REDAÇÃO
A Grande Disputa
Embora a disputa esteja acirrada, o lutador Big Snow, nome adotado por Leonardo Neves dentro dos ringues, desponta como um dos favoritos do público. O atleta demonstrou entusiasmo e respeito pelo torneio: “Eu já fui Rei do Sul uma vez. Representar o estado de forma positiva é um dever. Estou bem preparado, animado e vou dar tudo de mim pra sair com esse caneco.”
Segundo ele, o preparo vai muito além do físico. “A gente trabalha força, cardio, treino técnico no ringue e também cuida da cabeça. Tem que estar bem em todos os aspectos”, explicou.
Outra querida do público é a lutadora Julie Brooks, a Gata Guerreira, a única mulher no torneio deste ano. Em sua segunda participação consecutiva, ela compartilhou os desafios e a motivação de estar no evento: “Os nervos estão à flor da pele. Tem muita coisa em jogo, inclusive a possibilidade de enfrentar minha dupla ou rivais históricos. Mas minha preparação está a todo vapor.”
Para Julie, o papel que ela ocupa é fundamental. “É difícil, mas muito gratificante. Ver meninas no público, querendo tirar fotos, vindo com adesivos e orelhinhas de gato… Isso tem um valor imenso. Quero continuar trazendo mais mulheres pro ringue e deixar meu nome na história”, afirma.

O público de luta livre no estado aumenta a cada ano, o que eleva as
expectativas para o torneio – Camille Mello/BETA REDAÇÃO
Crescimento e Expectativas
O ano de 2025 tem sido especial para a liga, que vive o que Jackson chama de “o ano da EWF”. Com públicos cada vez maiores, a organização já bateu recordes em eventos anteriores, como o aniversário da federação, que contou com mais de 400 espectadores lotando o galpão da EWF e a participação de lutadores internacionais.
O público porto-alegrense acolhe a luta livre de braços abertos, com uma média de 150 a 200 pessoas por evento, o Rei do Sul deste ano chega cercado de grandes expectativas. “Tem sido um crescimento constante, estamos alcançando cada vez mais pessoas, e isso se reflete diretamente na qualidade dos eventos e no reconhecimento do público”, destaca Jackson.
“Temos fãs que vêm a todos os eventos. Quando minha música toca, e o público grita meu nome, tudo vale a pena”, disse Big Snow, emocionado.
O torneio Rei do Sul aconteceu na noite do dia 6 de setembro, e foi marcado por combates intensos e muita emoção para os fãs de luta livre. No final, quem conquistou o título e fez história foi Julie Brooks, a Gata Guerreira, ganhando o torneio e garantindo sua vaga para disputar o prestigiado Cinturão RS.