Com beta aberto entre 28 de outubro e 5 de novembro, será que o jogo vale a antecipação?
O terceiro projeto da desenvolvedora sueca Embark Studios é o First Person Shooter (FPS) The Finals, um jogo que, junto com outros de mesmo gênero, vem incorporando elementos de MOBAs (Multiplayer Online Battle Arena) com a finalidade de trazer uma jogabilidade diferente requerendo do jogador mais do que apenas precisão dos tiros, como Team Fortress, Overwatch e Valorant.
» Mas afinal, como é o gameplay de The Finals?
Em uma equipe composta por três jogadores, há três opções de “classes”: leve, que é rápido, porém com pouca vida; mediano, que tem velocidade e vida equiparadas; e pesado, que tem muita vida, porém é lento. Cada um deles pode escolher uma de três habilidades únicas: leve, focando em movimentação; mediano, focando em suporte; e pesado, focando em absorção de dano. Além disso, cada um ainda pode escolher uma arma e três gadgets únicos, focado na função individual de cada classe. Por enquanto não há limite de de organização de equipe, podendo ser composta por qualquer combinação das três classes.
Os jogadores encontram-se em uma arena virtual de um game show brigando para abrir cofres em busca de moedas. Dependendo do modo de jogo, o primeiro a ganhar é o time que pega mais moedas no tempo definindo ou atinge o objetivo de moedas. Existem quatro modos de jogo atualmente:
Jogos Rápidos:
- Colocar na Conta: três equipes contra si. No mapa há espalhadas pequenas caixas com moedas. Ganha a equipe que conseguir 40 mil primeiro ou pegar a maior quantidade de moedas em 15 minutos.
- Dinheiro Rápido: três equipes contra si. No mapa há um cofre e duas estações de extração, assim que um cofre é levado até uma estação o dinheiro é liberado. Ganha a equipe que conseguir 20 mil primeiro ou pegar a maior quantidade de moedas em 20 minutos.
Torneios:
- Torneio: quatro equipes contra si. No mapa há cofres diversos cofres e estações de extração para serem abertas, a equipe que pegar mais moedas em 15 minutos ganha. O torneio ocorre em três rodadas. Na primeira ocorrem dois jogos simultâneos, cada um com quatro equipes. As duas melhores de cada jogo vão para a segunda rodada, e em seguida as duas primeiras vão para a final. Esse modo de jogo soma 24 pessoas em oito equipes.
- Torneios Ranqueados: semelhante ao torneio, porém os torneios ranqueados ocorrem em quatro rodadas. Quatro jogos simultâneos acontecem na primeira rodada, as duas primeiras equipes de cada jogo vão para a próxima fase, acontecendo dois jogos simultâneos. As duas primeiras equipes vão para a semifinal e as duas vencedoras vão para final. No torneio ranqueado, concorrem 16 equipes, totalizando 48 jogadores. Além disso, nesse torneio os jogadores vão progredindo em um sistema de pontuação: bronze, prata, ouro, platina e o mais alto, que é o diamante.
»Mas e aí, vale a pena?
The Finals tem uma jogabilidade dinâmica, rápida e frenética, sendo um jogo no qual o player estratégico pode até montar uma abordagem, mas é obrigado a executá-la rapidamente. Uma coisa que atrapalha a jogabilidade brasileira é a ausência de um server regional. Assim, o jogador da América Latina é conectado ao servidor norte-americano, aumentando muito o ping, deixando travamentos e demora de resposta algo comum, comprometendo a jogabilidade. Uma coisa que não presenciei muito foram bugs, apesar de estar em fase de desenvolvimento beta.
Assim como todo jogo de equipe, a comunicação é chave, pois apesar de os mapas não serem muito grandes, é possível se confundir e a equipe acabar separada. O menu de interação social do próprio jogo quebra um galho, porém, para campeonatos ranqueados, uma plataforma externa como o Discord é definitivamente a melhor saída.
A progressão parece seguir o que jogos do mesmo gênero já fazem, com Battle Pass e itens cosméticos à venda pela moeda do jogo. O passe de batalha ainda não é cobrado, mas é só uma questão de tempo até o jogo ser lançado, afinal, é dali que as desenvolvedoras tiram o dinheiro em um jogo grátis.
Uma das melhores coisas desse jogo, e com certeza uma das mais diferentes, é a destruição de cenário. Quase toda parede, porta, janela e telhado são destruíveis. Além de trazer uma realidade a mais para o jogo, também traz um nível de estratégia, como por exemplo a possibilidade de colocar explosivos no chão para derrubar e atrasar inimigos.
O gráfico não é excepcional. Não é ruim, porém não será o destaque, elemento que é compreensível pois jogos FPS competitivos focam mais na velocidade que está rodando do que na beleza.
Os sons estão bons, conseguindo colocar o jogador no cenário proposto. Aliado a esse elemento também há uma narração que acompanha toda a ação que está acontecendo dento do jogo, um homem e uma mulher conversam incessantemente. Essa narração é gerada por computador e Inteligência Artificial, notícia que revoltou dubladores. A empresa se justificou dizendo que dessa forma, se quiserem adicionar mais modos de jogo no futuro, será mais fácil. As vozes utilizadas possuem personalidades. Eu, no primeiro momento, pensei que a voz feminina era da atriz britânica Cara Delevigne, conhecida no mundo gamer por fazer a DJ na rádio non-stop-pop FM do GTA V. Acredito que ainda os dubladores não estão em risco, porém é uma enorme demonstração do que a tecnologia é capaz.
Acredito que o jogo é extremamente divertido e possui um belo futuro pela frente. Agora é uma questão de tempo até ser lançado. The Finals tem lançamento previsto para o final de 2023 e estará disponível para PlayStation 5, Xbox Series S e X e PC via Steam.