Mãos que restauram séculos
O relógio marcava 12h52 quando o carro parou em frente a um prédio modesto, sob o calor de uma tarde no Centro Histórico de Porto Alegre. Fundado em 1965, o edifício de tons terrosos abriga uma sala onde repousam livros quatro séculos mais antigos que suas próprias paredes. No oitavo andar, uma porta amadeirada guarda um espaço onde o passado resiste, trabalha, respira e aguarda para ser tocado outra vez. Ao adentrá-la, a luz que entra pelas longas janelas mistura-se ao amarelo suave das paredes e reflete sobre estantes abarrotadas de ferramentas de um ofício quase cirúrgico. Instrumentos que testemunham…
